sábado, 18 de fevereiro de 2012

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"Bom dia meu amor,
Finalmente fim-de-semana! Depois de uma semana muito exaustiva, é bom sentar-me à secretária com um papel e uma caneta, e puder escrever-te. Estive a semana toda ocupadissíma, no meio dos estudos e do trabalho à noite para conseguir pagar a faculdade, e nunca, mas nunca, pude fazer o que agora estou a fazer: absolutamente nada. Durante esta semana fui uma máquina, completamente viciada no trabalho, nem me reconhecia a mim própria... Acho que era a ambição e a vontade de querer ser mais que falou mais alto. Agora, que só entro na fábrica de tecidos às seis e já adientei o meu estudo, posso falar contigo, dar-te atenção.
Não penses que te deixei para segundo plano, porque não há nada mais importante na minha vida que tu, simplesmente estou a pensar em mim, em nós. Quero puder dar-te tudo, e quero que esse tudo te faça feliz.
Espero que esteja tudo bem contigo e que, apesar da pequena constipação que se instalou no teu corpo, te sintas forte e imparável, para nada impedir que sigas os teus sonhos. Espero também que saibas que te vou sempre apoiar, e que, se a tua escolha for ir para a tropa, eu esperar-te-ei todos os dias no cais. Se a tua escolha for ser cantor, arquitecto, agricultor ou mendigo, eu esperar-te-ei na mesma todos os dias. Se quiseres simplesmente ser tudo ou nada, eu continuarei a esperar-te. Sempre.
Assim que puder, vou-te visitar. Levo um tamparoer quando aquela sopa que tanto gostas e um saco de pão caseiro, daquele que só a minha avó faz. Estou ansiosa por me voltar a aninhar junto a ti.
Amo-te muito."

1 comentário:

  1. Escrever cartas de amor nunca é ridiculo!
    Antes também escrevia tantas! Era tão bom, 'fantástico' como tu dizes ali!
    Claro que também tinha que começar a seguir este teu blog! Adorei-o! :D

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