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"Tenho medo que a distância nos afaste. Apesar de saber que o nosso amor é forte, tenho medo que o facto de estarmos afastados fisicamente, afecte aquilo que o teu coração sente por mim. Tenho medo que deixes de pensar em mim como uma princesa que te alegra com a mais pequena palavra ou que enriquece a tua vida com cada fotografia ao final de uma carta, tenho medo que te esqueças do meu rosto, do meu tom de pele.Sei que as vezes que nos vimos foram escassas e que, por mais que queiramos, a distância que nos separa, é real e crúel mas, eu sempre pensei, que nada nos pode separar. Como sabes, e como sempre te escrevi nestas cartas, eu adoro ler romances e muitas vezes, peço com muita força a Deus para me enquadrar numa história de amor e para fazer de mim a personagem principal.
Porque eu sei que amar é uma coisa muito bonita, quer dizer, imagino... Porque eu não sei se aquilo que sinto por ti é bem amor, só sei que é algo tão forte e apertado, que me deixa com vontade de te abraçar e de te impedir de ir embora. Nas poucas vezes que estamos juntos, só queria que estivessemos em silêncio, de mãos dadas e que, as únicas palavras que interrompessem os nossos pensamentos fossem "para sempre". Porque não, eu não tenho certezas que te ame, mas, aquilo que sinto parece-me tão eterno, tão grande para ser vivido em pouco tempo...
Eu não sinto borbuletas na barriga, nem apertos no coração, como nos livros descrevem o amor, mas isso não significa que não te ame, pois não?
Oh amor, eu não sei o que isto é, mas nem a distância, nem a minha falta de jeito para explicar, vão acabar com isto, amo-te ou... isso mesmo, eu amo-te. Mesmo que não seja da maneira convencional.
Um grande, grande beijo."